A lipoaspiração e a lipoescultura são cirurgias em que utilizamos cânulas ligadas a aparelhos que aspiram gordura, através de pequenas incisões na pele, para retirar e, eventualmente, recolocar a mesma. A lipoaspiração e a lipoescultura têm por fim restaurar um contorno corporal harmónico, através da diminuição das acumulações de gordura localizada, onde ela está em excesso, e implantando-a onde ela faz falta.
A lipoaspiração e a lipoescultura não servem para quem é obeso, até porque essas cirurgias não emagrecem, como algumas pessoas pensam. Infelizmente não conseguimos deixar uma pessoa “mais magra” com estes procedimentos. Habitualmente o peso no final do primeiro mês de pós-operatório é o mesmo de antes da cirurgia e logo após a cirurgia até pesa mais.
Com a lipoaspiração e a lipoescultura o que muda são as proporções, o contorno corporal, e o resultado compensador deve ser amplamente discutido antes da tomada de decisão em avançar com a cirurgia. Quem está acima do peso deve emagrecer primeiro, e só depois deve pensar em fazer uma lipoaspiração.
A lipoaspiração é uma cirurgia única para cada pessoa, devendo ser planeada individualmente. Pode ser associada a outros procedimentos cirúrgicos, dependendo de cada caso. Os limites de segurança definidos relacionam-se com a quantidade máxima de gordura que se pode aspirar e são no máximo até 7% do peso corporal dos pacientes quando se utiliza a técnica húmida (ver abaixo) e\ou 40% de superfície corporal. Não são os litros retirados que definem o resultado, mas sim as proporções que assumirão o contorno corporal após a sua realização.
A lipoescultura é a designação dada ao procedimento em que se retira a gordura das áreas onde ela está em excesso e a sua reutilização, como enxerto, noutro local no mesmo paciente. Os locais mais frequentemente enxertados são as nádegas, os sulcos naso-genianos e as depressões traumáticas ou congénitas. A lipoescultura não garante a total viabilidade dessa gordura reutilizada, e uma boa parte dela é reabsorvida pelo organismo, dependendo do local e da qualidade da mesma.
O ato cirúrgico demora de 1 a 3 horas, dependendo do extensão do mesmo. Sendo um procedimento delicado, o tempo deixa de ter importância, pois o que importa é a perícia, prudência e o cuidado com que o cirurgião trabalha, e não o tempo de cirurgia.
Na técnica húmida, também conhecida como tumescente ou “hidro, utiliza-se grandes quantidades de soro fisiológico (com substancias anestésicas, vasoconstritoras, e outras) antes de se fazer a lipo, para diminuir a perda sanguínea durante o procedimento, aumentando assim a sua segurança. A técnica seca, mais antiga, e na qual não há essa infiltração de substâncias na área a ser aspirada, foi aos poucos sendo substituída pela húmida.
As cicatrizes, que são muito pequeninas, localizam-se em locais escondidos, nas dobras naturais da pele, estrias, pelos, cicatriz umbilical, sulco submamário, axilas, etc. São pequenas, de 0,5 a 1cm, e a sua localização deve ser planeada antes da cirurgia. Não desaparecem mas tornam-se discretas com o passar do tempo, tanto pela sua localização escondida ou camuflada, como pelo seu amadurecimento e clareamento. Cada pessoa comporta-se de forma diferente de outra em relação à cicatrização, já que esta é muito individual e com muitas variações.
As drenagens linfáticas devem ser iniciadas no 2º ou 3º dia depois da cirurgia. Ajudam a reduzir os inchaços, o desconforto, as equimoses e a formação de nodulações. Devemos sempre ter a noção que haverá edemas (inchaço), equimoses (manchas negras), aumento ou diminuição da sensibilidade, diferenças entre os dois lados, em maior ou menor grau, em praticamente todas as pessoas. Estas alterações fazem parte da evolução pós-operatória normal e tendem a regredir com o tempo.
Lembre-se que nenhum resultado cirúrgico deverá ser avaliado antes de 3 meses depois da cirurgia. Tenha paciência. Estaremos sempre ao seu lado para todas as suas necessidades e dúvidas.
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