A qualidade de vida é cada vez mais considerada como um fator importante na avaliação dos benefícios de muitos tipos de tratamentos médicos ou cirúrgicos. O aumento de mamário é o procedimento cirúrgico estético mais comum realizado nos Estados Unidos. De acordo com estatísticas da ASPS, cerca de 290.000 mulheres foram submetidas a implantes mamários, de natureza estética, em 2013.
É importante estabelecer os benefícios do aumento das mamas numa perspetiva do paciente, já que não seja porque os implantes mamários têm estado sob escrutínio por questões de segurança. Pesquisadores americanos usaram um questionário validado para obter resposta sobre a perspetiva das mulheres a respeito dos benefícios físicos e psicológicos da cirurgia plástica de aumento das mamas. O questionário avalia mudanças em seis áreas que afetam a qualidade de vida e avalia a satisfação com o resultado de aumento das mamas a respeito:
- do resultado global;
- do comportamento psicossocial;
- do comportamento sexual;
- da alteração física;
- do bem-estar geral e
- da satisfação com o atendimento.
Seiscentos e onze mulheres completaram o questionário antes da cirurgia de aumento das mamas e depois às seis semanas e seis meses depois da cirurgia. A cirurgia foi realizada utilizando implantes (sobretudo silicone) colocados “atrás do músculo” (plano retromuscular). Os resultados mostraram uma melhoria significativa na maioria dos aspetos da qualidade de vida.
Por exemplo, as pontuações de satisfação com os seios (numa escala de 100 pontos) aumentaram de cerca de 25 antes da cirurgia, para cerca de 80 depois. Houve melhorias semelhantes em relação ao bem-estar psicossocial e sexual. O grau das melhorias na qualidade de vida foi classificado como “muito grande” e foram comparáveis aos observados em pacientes submetidos a grandes procedimentos de cirurgia ortopédica, como a substituição total anca.
Uma área de qualidade de vida diminuiu após o aumento do peito. As pontuações em relação à limitação física foram menores nas seis primeiras semanas em comparação com o “antes” da cirurgia, embora essas pontuações tenham voltado ao normal ao fim desse período.
Além deste aspeto, há a referir que as pacientes mais velhas apresentaram, globalmente, menores níveis de satisfação com as mamas e com o procedimento geral. As médias de satisfação global diminuíram de cerca de 90 para as mulheres com menos de 30 anos de idade, para 86 para aquelas na casa dos trinta, para 82 para aquelas nos quarenta anos, e para 77 para aquelas com mais de 50 anos. “Os pacientes mais velhos parecem menos satisfeitos com seu resultado estético e menos propensas a ter as suas expectativas atingidas”.
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