Considerada a mais artística, a mais difícil e a mais complexa cirurgia plástica estética, a rinoplastia ou cirurgia plástica ao nariz possui um alto grau de complexidade.
Remodelar o nariz, reduzir ou aumentar o seu tamanho, alterar a sua forma, diminuir as narinas ou mudar o ângulo entre o nariz e o lábio superior exige do cirurgião muita sensibilidade artística e habilidade para operar com medidas milimétricas.
Ao longo dos anos, várias técnicas altamente sofisticadas foram desenvolvidas para adequar a forma do nariz às características individuais da face de cada paciente.
Actualmente, a rinoplastia tem como princípio básico a construção de um nariz bonito, funcional, proporcional ao rosto e é uma cirurgia altamente individualizada.
Por ocupar a região central da face, o nariz tem fortes relações com as demais estruturas do rosto e qualquer pequena mudança estética pode resultar em grandes alterações faciais.
Além de dar ao paciente uma aparência mais bonita, o procedimento cirúrgico pode também corrigir alguns defeitos nasais, sequelas de acidentes ou de cirurgias realizadas anteriormente.
Estudos matemáticos e detalhados são feitos pelo cirurgião plástico levando em consideração as proporções do nariz em relação à face do paciente a ser operado.
O planeamento cirúrgico da rinoplastia é feito com base nos resultados obtidos e de acordo com o senso estético do médico. Esse sistema de planeamento evita o modelo “antigo” de cirurgia, em que todos os narizes eram feitos a partir do “mesmo molde e tamanho”.
Hoje, com todas as evoluções de estudos e refinamentos de técnicas, podemos realizar uma cirurgia específica para cada “tipo” de rosto, de forma a que o nariz fique proporcional e harmonioso.
Uma das funções da cirurgia moderna é modelar o nariz proporcionalmente ao rosto.
Um bom exemplo de um nariz grande, bonito e proporcional ao rosto é o da modelo Gisele Bündchen. Considerada uma das mulheres mais bonitas de todo o mundo, ela tem o nariz grande, mas proporcional e harmonioso ao seu rosto. Se colocássemos o mesmo nariz noutra pessoa, certamente deixaríamos muitas pacientes insatisfeitas. E se a própria Gisele Bündchen tivesse um nariz pequeno? Muito provavelmente a sua beleza não seria a mesma.
A rinoplastia pode proporcionar resultados realmente compensadores ao paciente, desde que as expectativas a respeito da cirurgia sejam realistas.
Antes de se submeter à cirurgia plástica de nariz, o paciente deve discutir exaustivamente as suas expectativas com o cirurgião, que irá lhe explicar os detalhes e limitações do procedimento.
A maioria das pessoas que procura a realização de uma rinoplastia é jovem e do sexo feminino. O número de homens que procura esta cirurgia tem aumentado ao longo dos anos e hoje representa 30% dos pacientes. O interesse dos adolescentes por este assunto justifica-se porque é nessa fase da vida que ocorrem mudanças significativas de personalidade e é a idade em que a auto-estima precisa ser fortalecida para não criar futuros recalques ou vergonhas.
É importante ter a noção que pacientes com menos de 15 anos não podem ser submetidos a esta cirurgia. Antes dessa idade as estruturas ósseas e cartilaginosas do nariz e da face ainda não estão plenamente desenvolvidas.
Além disso, a estrutura emocional para lidar com a mudança de aparência causada pela rinoplastia costuma chegar depois dessa faixa etária.
Na cirurgia de nariz, as cartilagens e os ossos que formam o esqueleto do nariz são esculpidos de acordo com as características do nariz e da face do paciente.
Por vezes é necessário utilizar enxertos de cartilagem (retirados do próprio nariz ou da orelha), para corrigir as alterações de contorno e fortalecer o esqueleto remanescente. Cabe ao cirurgião posicionar as cartilagens milimetricamente para modelar o nariz.
Nos casos onde há dificuldade respiratória, pode ser necessário corrigir desvios do septo nasal e das outras estruturas que formam as vias responsáveis pela passagem do ar.
Existem duas maneiras de se realizar a cirurgia de nariz: aberta ou fechada. Na cirurgia fechada é realizada uma incisão interna e nenhuma cicatriz fica visível na parte externa. Na rinoplastia aberta, a incisão é realizada na columela, mas o corte é pequeno e ao longo dos meses a cicatriz torna-se praticamente imperceptível. É através dessas incisões que o cirurgião tem acesso à estrutura nasal para esculpir, moldar e reposicionar o nariz na forma desejada.
O pós-operatório da cirurgia plástica ao nariz deve ser levado a sério para que o resultado final não seja comprometido.
O paciente deve acatar todas as recomendações médicas e cumprir todo o acompanhamento, pois qualquer manipulação indevida no nariz feita no período de cicatrização pode levar a deslocamentos das estruturas (que são milimetricamente posicionadas durante a cirurgia para modelar o nariz) e causar depressões e/ou irregularidades no nariz.
A grande inimiga da rinoplastia é a fibrose, que se forma após a cirurgia e que tende a puxar as cartilagens e/ou causar deformidades no contorno.
Para minimizar esse risco, é importante que o médico saiba utilizar as técnicas corretas para evitar o efeito prejudicial da fibrose, mas mesmo assim é importante ressaltar que cada organismo responde de uma maneira, e isso está longe do controle do cirurgião.
Os pacientes mais felizes e realizados com a cirurgia são aqueles que entendem e compreendem que o organismo assume a sua função assim que a cirurgia termina e que, independentemente da técnica utilizada pelo cirurgião, às vezes algumas mudanças ocorrem devido à cicatrização normal do organismo.
É comum os pacientes trazerem fotografias com narizes deste ou daquele actor ou actriz para mostrarem como gostariam de ter o seu.
Por questões de ética, o paciente é informado de que essas fotos são apenas uma amostra e que não constituem uma promessa com relação ao resultado.
A medicina não é uma ciência exata e cada organismo reage de uma maneira, mas se médico e paciente estiverem de comum acordo, a imagem pode ser usada como referência.
A realização deste tipo de cirurgia estética deve ser efectuada por um especialista cirurgião plástico e estético reconhecido, com alguns anos de prática, membro da Sociedade de Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética e da Ordem dos Médicos do respectivo país, pois, tal como é de conhecimento geral, na actualidade, infelizmente, existem médicos gerais, médicos “estéticos”, médicos especialistas de outros áreas como ginecologistas, cirurgiões gerais, otorrinolaringologistas e outros que se aventuram no mundo das cirurgias plásticas e estéticas.
Não fique com dúvidas e antes de se decidir em fazer qualquer cirurgia estética poderá consultar o site da Ordem dos Médicos e da Sociedade Portuguesa de Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética e verificar se o médico que escolheu tem as competências adequadas.
Para mais informações consulte o site www.faccia.pt.