A Bioplastia tem sido designada e divulgada pela comunicação social como “a plástica sem cicatrizes”. É fundamental, no entanto, oferecer maiores esclarecimentos à população, especialmente perante o aumento exagerado desta divulgação não-científica nos meios de comunicação social, muitas vezes com cunho sensacionalista, financeiro e ilusório.
O termo Bioplastia é empregue para definir um método de tratamento “não-cirúrgico” usado para a correção de defeitos morfológicos e/ou para benefício estético em determinadas regiões do corpo. Este efeito corretivo e/ou estético é obtido através da injeção nos tecidos biológicos de produtos de preenchimento que podem ser depositados superficial (por debaixo da pele) ou profundamente (próximo aos ossos), dependendo do tipo do material e do efeito desejado.
Existem várias classificações para os preenchimentos faciais, considerando alguns
parâmetros, como a sua estrutura molecular, o mecanismo de integração nos tecidos, se é de origem sintética ou origem, com um efeito limitado no tempo ou de maior duração, etc. A classificação mais comum considera o tempo de permanência do produto ao longo do tempo. Dessa forma, os implantes podem ser divididos em absorvíveis (transitórios) e permanentes.
No primeiro grupo, o material injetado sofre uma destruição ou absorção progressiva pelo organismo, ou seja, vai desaparecendo com o passar do tempo. A durabilidade do efeito obtido é variável, dependendo das características do produto, concentração, quantidade, local da injeção, fatores próprios do indivíduo, etc. Faz parte deste grupo, por exemplo, os preenchimentos à base de ácido hialurónico, comercializados com várias marcas, concentrações e apresentações. Um outro tipo de preenchimento que pode sofrer reabsorção em graus variáveis é o realizado com a gordura do próprio paciente, que é aspirada, tratada e injetada na área escolhida, utilizando-se seringas e pequenas cânulas.
No segundo grupo, o material injetado em geral permanecerá no organismo 
definitivamente. Esta permanência também apresenta variáveis, de acordo com as características do produto, havendo reportes recentes que demonstram algum grau de absorção de alguns tipos de materiais considerados primariamente definidos, dependendo da concentração utilizada, profundidade de colocação do implante, etc. Fazem parte deste grupo, por exemplo, os preenchimentos à base de poliacrilamida (PAAG) e o PMMA (esferas de polimetilmetacrilato em suspensão) na forma líquida, com aspeto semelhante a uma “cola” viscosa.
O uso destes produtos deve obedecer a critérios de indicação, aplicação e acompanhamento. As técnicas variam conforme a substância indicada. Algumas são apresentadas em seringas prontas para a aplicação.
Estes tratamentos “não-cirúrgicos” envolvem a infiltração no organismo de substâncias que podem causar reações diversas, como a formação de nódulos, granulomas, processos alérgicos, necroses (morte) teciduais, deformidades irreversíveis (nos casos dos preenchimentos definitivos), já tendo sido reportados casos de cegueira logo após a injeção, por exemplo do PMMA, provavelmente devidos à injeção intra-arterial, produzindo embolia da artéria central da retina ou mesmo um espasmo arterial irreversível. Nota-se, portanto, que NÃO se tratam de procedimentos isentos de riscos e de complicações.
Mas onde posso fazer uma bioplastia? Basta deslocar-se à Clínica Faccia em Lisboa, ou ligar para o número de telefone 213 714 116.
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