A ginecomastia (do grego gyne – feminino e mastos – mama) foi inicialmente descrita no século II por Galeno5,6 para designar a alteração mamária mais frequente no sexo masculino, onde existe um desenvolvimento excessivo de tecido fibroso, glandular e adiposo, com um predomínio variável entre eles.
A sua incidência varia entre 65% na população adolescente e 36% na adulta, sendo responsável por 70% das alterações mamárias no homem.
O crescimento mamário ocorre principalmente nas fases de mudança hormonal no homem: infância, adolescência e senilidade e está dependente do balanço entre estrógenos e andrógenos séricos. Assim, qualquer fator que possa interferir neste equilíbrio, seja ele fisiológico ou não, pode resultar em ginecomastia. Muitas drogas também podem induzir o aumento do volume mamário nos homens, como, por exemplo, o uso de anabolizantes esteroides, o que é muito frequente hoje em dia.
A pseudoginecomastia é um quadro que se confunde frequentemente com a ginecomastia verdadeira e consiste num aumento de tecido adiposo (gordura) na região peitoral simulando uma mama, porém sem a existência de glândula mamária. A causa desta situação está principalmente associada à obesidade e é, em geral, bilateral.
É principalmente na adolescência, período de definição dos caracteres sexuais, que o aparecimento da ginecomastia ocasiona uma série de transtornos psicológicos ao alterar a imagem masculina.
Sempre que a ginecomastia originar distúrbios psicológicos importantes, está indicado o seu tratamento, que, na maioria dos casos, proporciona ótimos resultados estéticos, tornando o peitoral mais plano e firme, mais de acordo com a figura masculina.
Os processos que podem causar a ginecomastia são muitos.
Exceto os casos de aumento mamário fisiológico nos pacientes de sexo masculino, os outros devem ser considerados patológicos. Nestes casos há um desequilíbrio hormonal entre estrógenos, estimulantes do tecido mamário, e andrógenos, inibidores deste efeito, levando a um aumento desse tecido.
A causa mais frequente de ginecomastia é a idiopática, não se reconhecendo uma etiologia básica. Mas, mesmo nesses casos deve realizar-se uma avaliação cuidadosa de cada paciente para que patologias graves não passem despercebidas.
A ginecomastia pode ocorrer fisiologicamente em três momentos da vida. De modo transitório, durante o nascimento, devido aos altos níveis circulantes de estrogénios maternos. Alguns dias após o nascimento, os níveis de estrogénio baixam e a situação resolve-se espontaneamente.
Pode ser observada também na adolescência (66%) devido a um desequilíbrio entre o estradiol e a testosterona. Em geral desaparece por completo após 18 a 24 meses depois de seu aparecimento. Em certos casos permanece algum volume mamário, que nem sempre tem indicação cirúrgica.
O aparecimento de casos fisiológicos também pode ocorrer em idades mais avançadas, durante a andropausa, quando ocorre uma queda da secreção de testosterona, assim como uma acumulação de tecido adiposo.
O diagnóstico diferencial com tumores malignos deve ser sempre valorizado naqueles casos em que o aumento mamário se apresenta sob a forma de um nódulo endurecido, sobretudo se for unilateral.
A ginecomastia não está associada a um aumento no risco de cancro da mama. Há uma exceção a esta afirmação que é os pacientes com Síndrome de Klinefelter. A alta incidência de cancro da mama nestes pacientes ainda não é bem compreendida e ocorre em um em cada cinco pacientes com esta síndrome.
Outros possíveis fatores etiológicos estão relacionados com casos de insuficiência hepática e renal, alterações endócrinas, obesidade, uso de drogas e fármacos como o álcool, a maconha e os anabolizantes.
Mas onde posso fazer uma ginecomastia? Basta deslocar-se à Clínica Faccia em Lisboa, ou ligar para o número de telefone 213 714 116/7.
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