Blog Faccia – Cirurgia Plástica e Clínica de Estética

Lipoaspiração e comunicação social: O que está de errado?

Lipoaspiração e comunicação social: O que está de errado?

Infelizmente, os mídia têm divulgado com uma frequência cada vez maior, casos de complicações ou até de óbitos envolvendo a cirurgia de lipoaspiração.

O que está errado?

Na verdade, muitas coisas.01

Estudos estatísticos internacionais mostram que menos de 1% dos casos de óbitos em lipoaspiração ocorrem em pacientes tratados com médicos especialistas em cirurgia plástica e estética.

Por outras palavras, a imensa maioria dos óbitos neste tipo de procedimentos ocorre com pacientes tratados por médicos de outras especialidades – ou até sem especialização nenhuma, como com os chamados profissionais de “medicina estética” e outras denominações igualmente não reconhecidas oficialmente pela nossa Ordem dos Médicos.

A lipoaspiração tem sido realizada abusivamente por estes profissionais – os quais não são cirurgiões plásticos inscritos na Sociedade Portuguesa de Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética e no colégio de especialidade de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva da Ordem dos Médicos – que, por difundirem a idéia de que se trata de um procedimento de fácil execução, acabam negligenciando os seus riscos e colocam a vida dos pacientes em perigo.

Tornou-se comum encontrar pacientes operados por “especialistas em lipo” que nem sequer efectuaram a sua formação em cirurgia plástica e estética e que realizam cirurgias em consultórios, salas de edifícios comerciais ou outros lugares ainda menos apropriados.

Para tentar diferenciar o procedimento e até difundir a idéia de que se trata de um procedimento sem risco, adotam diversos nomes de fantasia que terminam por seduzir o paciente, que acredita que será submetido a um procedimento mais simples e seguro que a lipoaspiração, como sejam as designações delipo-light, mini-lipo, weekend-lipo, etc..

Todos estes nomes correspondem à mesma cirurgia de lipoaspiração.

Onde está a diferença? Na sua segurança.

A única justificaticação para se realizar esta cirurgia em qualquer lugar sem ser num centro clinico ou hospital é o seu custo.

É evidente que realizar uma cirurgia em consultório, sala de tratamentos, ou qualquer outro lugar torna o custo total muito mais baixo do que num hospital de qualidade, com um bom bloco operatório, devidamente equipado.

O custo hospitalar torna o procedimento mais caro, porém esta diferença refere-se somente à sua segurança.

Qualquer que seja o problema que o paciente apresente, seja uma simples reacção alérgica ao anestésico ou uma queda de pressão, pode ser facilmente corrigido quando o paciente está em num ambiente devidamente equipado e monitorizado pelo anestesista. No entanto, caso ocorra uma reacção destas num consultório ou noutro local fora de um hospital, qualquer intercorrência destas poderá ter um desfecho totalmente inesperado.

A realização deste tipo de cirurgia estética deve ser efectuada por um especialista cirurgião plástico e estético reconhecido, com alguns anos de prática, membro da Sociedade de Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética e da Ordem dos Médicos do respectivo país, pois, tal como é de conhecimento geral, na actualidade, infelizmente, existem médicos gerais, médicos “estéticos”, médicos especialistas de outros áreas como ginecologistas, cirurgiões gerais, otorrinolaringologistas e outros que se aventuram no mundo das cirurgias plásticas e estéticas.

 

Não fique com dúvidas e antes de se decidir em fazer qualquer cirurgia estética poderá consultar o site da Ordem dos Médicos e da Sociedade Portuguesa de Cirurgia Plástica, Reconstrutiva e Estética e verificar se o médico que escolheu tem as competências adequadas.

Para mais informações consulte o site www.faccia.pt.

be a pal and share this would ya?
Lipoaspiração e comunicação social: O que está de errado?